“Um nova discussão começa a ganhar corpo nesses tempos de web 2.0, o termo criado para expressar o que seria a segunda fase da internet, marcada pelo conteúdo produzido pelos próprios usuários. O dilema é o seguinte: uma das razões do sucesso da internet, desde sua origem, é a capacidade de oferecer ao usuário a oportunidade de acessar o que quiser, quando bem entender. Agora, porém, à medida que mais e mais dados entram diariamente na rede, esse fundamento não estaria afastando o internauta, frustrado pela incapacidade de encontrar o que lhe parece relevante?”
... e agora? Será que o Embaralhados pode ser visto como weblixo? Será que devemos ser conscientes e destruir o nosso blog? Limpar um pedacinho da Internet em prol de informações mais relevantes e rápidas? Ou podemos continuar escrevendo todos os dias, nos expressando e postando o que nos der na telha sem preocupações, torcendo para que o Google realize sua missão de “organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil”?
Tô entrando em crise websistencial... Eu, que sempre reciclei lixo, nunca joguei sujeira na rua e prezo pelo bem-estar coletivo, estou poluindo a Internet com os meus textos que não são assim... AQUEEELA coisa, e desse jeito acabo prejudicando os outros, que querem encontrar informações legítimas rapidamente.
Não podemos pensar, no entanto, que estou aqui para me fazer de vítima... Morro de raiva daqueles donos de blogs, flogs e sei-lá-mais-o-quê que aparecem nas minhas buscas pela rede. Tem também aquela coisa toda de trabalhos acadêmicos. Suuuper duvidosos. É só fazer uma busquinha por um termo um pouco mais técnico pra aparecer aquele monte de trabalhos em PDF. E eu lá vou saber a nota que esse cara tirou? E se tirou 10, quem foi que corrigiu?
Radical? um pouco. Mais ainda se pensarmos que a web tem a característica de ser um meio de duas mãos, e essa é a sua grande graça: acessar informações do mundo todo, poder aprender, poder ensinar...
Mas... aí é que tá. Será que todos os conteúdos publicados na web nos acrescentam algo e fazem pensar? Será que deveríamos estabelecer um limite? E quem julga se o conteúdo é digno ou não de ser publicado? O Google? Isso pode ser considerado censura?
Seria mais razoável pensar em consciência no uso da Internet, com a conscientização, saberíamos dos nossos limites como publicadores de conteúdo para ganharmos como usuários.
À primeira vista, esse pode parecer um assunto pequeno e quase insignificante, especialmente se equiparado à condição que estamos no mundo, em meio ao aquecimento global e todas essas coisas apocalípticas que vemos nos noticiários.
O meu ponto é, no entanto, que o weblixo é simplesmente mais uma conseqüência da falta do nosso sentimento de coletivo. E acho que muitas outras conseqüências estão por vir.
...mas também acho que até essas conseqüências se concretizarem, eu já não estarei mais entre nós.
Então, isso nem é problema meu.
carol.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
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3 comentários:
Se acrescenta algo, se é diferenciado, não é weblixo, certo?
Pode ficar tranquila quanto a isso!
Pra mim. Um dos melhores até hj.
ai. to me sentindo um lixo.
um weblixo.
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