
ela estava cansada de meio termo e de dúvida. queria tudo por inteiro ou nada. com tudo e com certeza. ela queria absorver o mundo. tomar porrada, dormir na rua e cair do cavalo. ela estava cansada de se controlar, de respirar fundo antes de pular. queria fazer duas vezes antes de pensar.
ela queria muito e queria logo.
andando a caminho do trabalho viu um texto pintado no muro que dizia mais ou menos assim: "viva a insensatez da pressa! que nos torna mais humanos, instintivos e verdadeiros. a pressa é uma aliada da verdade". Sempre pensou assim, mas nunca tinha sentido tanto essas palavras quanto agora.
e ela tinha muita pressa. tinha pressa de ouvir os sons e as verdades do mundo. ela sempre achou que sem rodeios tudo se torna mais real: as palavras, os sentimentos e, principalmente, os olhos.
não aguentava mais seus pensamentos surgindo do ócio habitual. ela queria pular do abismo, escalar montanhas, falar com estranhos, ou até ficar sentada no seu sofá manchado, contanto que fosse por opção.
decidiu sair pelo mundo. e sabia que deixaria muita coisa para trás. muita coisa bonita, que ela gostava. mas sabia que se ficasse, isso se tornaria pouco.
sabia que o essencial era não se preocupar com a queda. porque preocupação não ajuda em nada. nunca a ajudou. os hematomas apareciam de qualquer jeito.
sabia também que é preciso saber ter calma pra ter pressa. porque senão a mente não aguenta as quedas do cavalo, nem das montanhas. o corpo até supera os hematomas, mas a alma precisa de calma pra suportar.
ela sabia pouco, mas queria que fosse assim. e foi.
º°juju°º
ela queria muito e queria logo.
andando a caminho do trabalho viu um texto pintado no muro que dizia mais ou menos assim: "viva a insensatez da pressa! que nos torna mais humanos, instintivos e verdadeiros. a pressa é uma aliada da verdade". Sempre pensou assim, mas nunca tinha sentido tanto essas palavras quanto agora.
e ela tinha muita pressa. tinha pressa de ouvir os sons e as verdades do mundo. ela sempre achou que sem rodeios tudo se torna mais real: as palavras, os sentimentos e, principalmente, os olhos.
não aguentava mais seus pensamentos surgindo do ócio habitual. ela queria pular do abismo, escalar montanhas, falar com estranhos, ou até ficar sentada no seu sofá manchado, contanto que fosse por opção.
decidiu sair pelo mundo. e sabia que deixaria muita coisa para trás. muita coisa bonita, que ela gostava. mas sabia que se ficasse, isso se tornaria pouco.
sabia que o essencial era não se preocupar com a queda. porque preocupação não ajuda em nada. nunca a ajudou. os hematomas apareciam de qualquer jeito.
sabia também que é preciso saber ter calma pra ter pressa. porque senão a mente não aguenta as quedas do cavalo, nem das montanhas. o corpo até supera os hematomas, mas a alma precisa de calma pra suportar.
ela sabia pouco, mas queria que fosse assim. e foi.
º°juju°º
3 comentários:
adorooooo
lindo, ju! adorei, amiga...
Olha só Ju, eu to lendo seu texto, coisa que sempre faço, e to aqui, sem saber o que escrever depois dele.
Eu vou dizer então que é demais, que é verdade, e que eu te amo!
A gente sabe demais, mas só aprende quando vai lá de fato..seja aonde for.
To contigo
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