sexta-feira, 27 de julho de 2007

Sem Controle

Dia desses eu estava zapeando pela TV e algo raro me aconteceu: estacionei no SBT.
Pode ter sido um comercial, algo que me fez levantar ou até uma daquelas tradicionais pissocadas que a gente dá no sofá, quando tá com muito sono.

Em certo ponto, enquanto o canal do Sílvio dominava a minha TV, percebi que o controle remoto tinha caído no vão do sofá.

Eu, em meu estado quase catatônico, resolvi abortar a missão de resgatar o controle remoto. Erro gravíssimo.

Quando terminaram os comerciais, vi que o programa que estava passando chamava-se ‘Sem Controle’.

O programa Sem Controle, em sinopse do SBT: “Humor e mulheres bonitas fazem a dobradinha do programa ‘Sem Controle’, atração do SBT. Através de paródias, o programa satiriza situações do dia-a-dia dos mais diversos tipos de pessoas. A atração traz uma série de esquetes, que mesclam piadas e tiradas bem humoradas. São várias histórias dentro de um só programa. No elenco, os humoristas Marco Martini, Laert Sarrumor, Eduardo Silva, Delourdes Morais, Vivi Fernandes, entre outros atores e atrizes.”

Vou esclarecer, o programa é uma versão SBT para o Zorra Total. Um freak show composto por três gostosas, uma gorda, uma velha, seis pseudo-humoristas e um ex-galã falido.

Comecei a entender o porquê do nome do programa quando uma moça, apontada em alguns veículos de comunicação como ‘novo talento’
apareceu meio pelada em uma piada que eu não entendi.
Eu tava Sem Controle remoto. E só por isso assistia àqueles quadros estranhos, que me deixavam meio triste, porcausa da precariedade do estúdio, do elenco, do roteiro e de sei-lá-mais-o-quê.

Aí, há alguns meses atrás, veio a notícia de que o Picapau, desenho de 1940, bate seu recorde de audiência e firma-se como o segundo lugar no Ibope,
perdendo só pra novela das 19:00 da Globo.

Saber que o passarinho esquizofrênico bomba na TV me deixou muito desapontada no começo. Mas agora começo a encarar tal fato como um grito silencioso por socorro dos telespectadores, especialmente os de TV aberta, que quando não perdem o controle (remoto ou não), preferem assistir um desenho de 70 anos a um ‘novo talento’ seminu.


carol.

4 comentários:

Anônimo disse...

tomara que continuem assim.
vendo pica-pau em vez de pica e pau.
o pão e circo me dá vergonha alheia. pelos que pedem e pelos que dão.
bjs

Anônimo disse...

foi-se o tempo em que silvio era um inocente camelô...

º°juju°º disse...

só não podemos colocar a culpa somente na midia...
sabemos o espectador também é responsável pelas merdas que assiste. infelizmente. ou não.

Imaginem o que seria da Hebe Camargo sem o seu público? Será que ela estaria distribuindo selinhos em desconhecidos?? Que gracinha...NOT!

Anônimo disse...

Rá! Viva a porcaria e o lixão!
Viva a putaria na transmissão!
Como se descobre o que é bom se não existe o ruim!?

E é tudo uma simples questão do ponto de vista, ainda é.